O Homem é Jesus, mas o Cristo é Interior!
O Templo Interno!
A Jornada do Cristo em Você!
Era uma
vez, em um tempo além do tempo, uma alma chamada 'Elias'. Ele não era rei, nem
sacerdote, nem profeta, mas um buscador. Como todos nós, Elias carregava em si
uma chama inquieta, uma pergunta que queimava em seu coração: Quem sou eu,
realmente? Ele vivia em uma vila cercada por montanhas, onde as pessoas
seguiam suas rotinas, acreditando que a vida era apenas o que os olhos viam:
trabalho, pão, sono. Mas Elias sentia que havia algo mais, algo escondido, um
mistério pulsando dentro dele, como um tambor ancestral.
“Elias, o
templo que buscas não está nas pedras das montanhas, nem nos livros dos sábios.
O templo é você. E eu sou o mapa para encontrá-lo.”
Despertando com o coração acelerado, Elias começou sua jornada. Ele não sabia por onde começar, mas algo o guiava, como se uma voz interna sussurrasse:
"Olhe para dentro."
Ele começou a estudar os textos antigos, as histórias de seres que
nasciam, morriam e renasciam, sempre acompanhados por 12 aliados, sempre
trazendo luz ao mundo. E então, ele ouviu falar de um homem chamado Jesus, cuja
história parecia ecoar em todas as culturas, em todos os tempos. Mas, ao
contrário dos outros, Elias não viu Jesus como um homem distante, perdido nos
pergaminhos da história. Ele viu um espelho. E foi aí que o véu começou a se
abrir.
As 33 Vértebras da Criatura Humana
A Escada para o Céu
Elias
aprendeu que o corpo humano é um templo sagrado, uma arquitetura divina. Ele
descobriu que a coluna vertebral, com suas 33 vértebras, é como uma escada que
conecta a terra ao céu, o material ao espiritual. Cada vértebra, ele percebeu,
era um degrau na jornada da alma. E não era coincidência que Jesus, o Cristo,
tivesse vivido 33 anos. Cada ano de sua vida era um passo, uma lição, um
desbloqueio de energia. Elias começou a meditar, sentindo sua coluna como um
rio de luz, subindo desde o osso sacro, a base, a caverna sagrada, até o topo
de sua cabeça, onde a coroa da consciência aguardava.
E visualizou: 33 vértebras, 33 anos, 33 degraus. Cada vértebra guardava
uma memória, uma experiência, uma sabedoria. Algumas estavam rígidas, presas
por medos ou traumas, mas Elias aprendeu a respirar nelas, a liberar a energia
estagnada. Ele entendeu que a jornada de Jesus não era apenas uma história
externa, mas um mapa para a ascensão interna. Cada um de nós, pensou Elias,
carrega esses 33 anos dentro de si, esperando para serem vividos, não no tempo
linear, mas na eternidade do agora.
Os 12 Discípulos
Os Arquétipos da Alma
Enquanto
explorava o templo do seu corpo, Elias descobriu os 12 discípulos. Mas eles não
eram homens de barba e túnica, como as pinturas antigas retratavam. Eles eram
forças dentro dele, arquétipos da alma, representados pelos 12 nervos cranianos
que comandam os sentidos, a percepção e a consciência. Cada nervo, cada
discípulo, era um chakra psíquico, uma faceta do seu ser.
- Pedro (Simão Pedro) – O Fundador (Chakra Raiz)
- Arquétipo: O Alicerce, o Guardião da Base.
- Chakra: Raiz (Muladhara).
- Descrição: Pedro, o discípulo rochoso, é a fundação sobre a qual a jornada espiritual de Elias começa. Ele é a conexão com a terra, a sobrevivência, a confiança primal. Elias sente Pedro na base de sua coluna, onde o medo de falhar luta contra a segurança de dar o primeiro passo. Pedro sussurra: "Confie na rocha que você é, e construa a partir daí."
- Simbolismo Bíblico: Pedro é chamado de "rocha" por Jesus (Mateus 16:18), simbolizando estabilidade, apesar de suas falhas humanas.
- Tiago (Filho de Zebedeu) – O Guerreiro Apaixonado (Chakra Sacral)
- Arquétipo: O Criador, o Impulsionador.
- Chakra: Sacral (Svadhisthana).
- Descrição: Tiago, o filho do trovão, carrega o fogo da vontade e da paixão criativa. Elias sente sua energia no baixo ventre, onde a coragem de agir e criar pulsa. Tiago o desafia a abraçar seus desejos e transformá-los em ação, sem medo do caos. "Queime com propósito," ele diz.
- Simbolismo Bíblico: Junto com João, Tiago é chamado de "filho do trovão" (Marcos 3:17), refletindo sua energia intensa e impulsiva.
- João – O Amante Universal (Chakra Cardíaco)
- Arquétipo: O Amante, o Pacificador.
- Chakra: Cardíaco (Anahata).
- Descrição: João, o discípulo amado, é o portal do amor incondicional. Elias sente sua presença no peito, onde o coração se abre para o divino e o humano. João ensina que o amor é a ponte que conecta tudo, sussurrando: "Ame, e tudo se revelará." Ele guia Elias a perdoar e se conectar.
- Simbolismo Bíblico: João é descrito como o discípulo que Jesus amava (João 13:23), associado ao amor e à contemplação mística.
- Judas Iscariotes – O Traidor Interno (Chakra da Garganta em Desequilíbrio)
- Arquétipo: A Sombra, o Mestre Oculto.
- Chakra: Garganta (Vishuddha, desequilibrado).
- Descrição: Judas representa a sombra interior de Elias, a voz da dúvida e da autossabotagem. Elias o sente na garganta, onde a verdade é sufocada pela traição a si mesmo. Mas Judas não é apenas destruição; ele é um mestre disfarçado, ensinando Elias a enfrentar suas fraquezas e encontrar autenticidade. "Enfrente-me, e encontrarás tua voz," Judas provoca.
- Simbolismo Bíblico: Judas trai Jesus (Mateus 26:14-16), mas sua traição é parte do plano divino, sugerindo um papel complexo.
- André – O Pioneiro (Chakra Plexo Solar)
- Arquétipo: O Explorador, o Iniciador.
- Chakra: Plexo Solar (Manipura).
- Descrição: André, irmão de Pedro, é o primeiro a seguir Jesus, representando a chama da iniciativa e do poder pessoal. Elias sente André no plexo solar, onde a confiança em si mesmo se acende. André o incentiva a dar o primeiro passo em direção ao desconhecido, dizendo: "O caminho começa com um chamado."
- Simbolismo Bíblico: André é o primeiro discípulo chamado (João 1:40-42) e traz Pedro a Jesus, simbolizando o início de uma jornada.
- Filipe – O Buscador da Verdade (Chakra do Terceiro Olho)
- Arquétipo: O Sábio, o Visionário.
- Chakra: Terceiro Olho (Ajna).
- Descrição: Filipe, conhecido por sua curiosidade e perguntas profundas, é o arquétipo do buscador espiritual. Elias sente sua energia na testa, onde a intuição e a clareza se formam. Filipe o guia a enxergar além do véu, sussurrando: "Procure, e a verdade se revelará."
- Simbolismo Bíblico: Filipe questiona Jesus sobre o Pai (João 14:8), mostrando sua busca por compreensão espiritual.
- Tomé – O Questionador (Chakra Coronal)
- Arquétipo: O Duvidador, o Realista Espiritual.
- Chakra: Coronal (Sahasrara).
- Descrição: Tomé, conhecido como o "duvidador", representa a conexão com o divino através do questionamento. Elias sente Tomé no topo da cabeça, onde a dúvida se dissolve na fé. Tomé o ensina que a verdadeira conexão com o divino vem de testar e confiar, dizendo: "Toque as feridas, e acredita."
- Simbolismo Bíblico: Tomé exige ver as marcas da crucificação (João 20:25), simbolizando a busca por prova que leva à fé.
- Mateus – O Transformador (Arquétipo do Alquimista)
- Arquétipo: O Alquimista, o Redimido.
- Chakra: Não diretamente ligado a um chakra, mas associado à transformação energética.
- Descrição: Mateus, o cobrador de impostos que se torna discípulo, é o arquétipo da transformação. Elias sente sua energia como uma alquimia interior, onde o passado é transmutado em propósito. Mateus sussurra: "Deixe o velho morrer, e o novo nascerá."
- Simbolismo Bíblico: Mateus abandona sua vida de cobrador de impostos para seguir Jesus (Mateus 9:9), simbolizando redenção.
- Bartolomeu – O Observador Silencioso (Arquétipo do Contemplador)
- Arquétipo: O Contemplador, o Testemunho Silencioso.
- Chakra: Associado ao equilíbrio geral dos chakras.
- Descrição: Bartolomeu, pouco mencionado, é o arquétipo do observador que vê sem julgar. Elias sente sua presença como uma calma que integra todas as energias. Bartolomeu o ensina a estar presente, dizendo: "Observe, e o mundo falará contigo."
- Simbolismo Bíblico: Identificado com Natanael, que é elogiado por sua sinceridade (João 1:47), sugerindo introspecção.
- Tiago (Filho de Alfeu) – O Construtor (Arquétipo do Artesão)
- Arquétipo: O Artesão, o Edificador.
- Chakra: Associado à energia prática do chakra raiz.
- Descrição: Tiago, o menos conhecido, representa a dedicação silenciosa ao trabalho espiritual. Elias sente sua energia como uma força que constrói pontes entre ideias e ações. Tiago diz: "Construa com paciência, e o eterno surgirá."
- Simbolismo Bíblico: Pouco se sabe, mas sua presença constante sugere lealdade e trabalho nos bastidores.
- Simão, o Zelote – O Rebelde (Arquétipo do Revolucionário)
- Arquétipo: O Revolucionário, o Defensor.
- Chakra: Associado à energia combativa do chakra sacral.
- Descrição: Simão, o Zelote, carrega a energia da resistência e da luta por justiça. Elias sente sua força como um fogo que desafia a estagnação. Simão o provoca: "Levante-se contra o que te prende."
- Simbolismo Bíblico: Como zelote, Simão era associado à resistência política (Lucas 6:15), simbolizando paixão por mudança.
- Judas (Filho de Tiago) – O Mediador (Arquétipo do Pacificador)
- Arquétipo: O Pacificador, o Equilibrador.
- Chakra: Associado à harmonia do chakra cardíaco.
- Descrição: Judas, também chamado Tadeu, é o arquétipo da mediação e da harmonia. Elias sente sua energia como uma força que une opostos, trazendo paz interior. Judas sussurra: "Reconcilie o que está dividido, e encontrarás unidade."
- Simbolismo Bíblico: Judas faz uma pergunta sobre a revelação de Jesus (João 14:22), sugerindo um desejo de entendimento e conexão.
E assim,
cada discípulo revelou-se como um arquétipo, um espelho de Elias. Ele viu que
os 12 discípulos correspondiam às 12 constelações do zodíaco, aos 12 meses do
ano, aos 12 tons da escala musical. Eles eram os arquétipos do Eu Superior,
dançando em harmonia dentro do templo do seu corpo.
A Crucificação
O Drama no Gólgota Interior
Um dia,
enquanto meditava, Elias teve uma visão. Ele viu uma cruz, não de madeira, mas
de luz, brilhando no centro de sua cabeça. Ele aprendeu que o tálamo, uma
estrutura em seu cérebro, tinha a forma de uma cruz quando visto de cima. E o
tálamo, ele descobriu, era o ponto de integração, onde os sentidos se
encontram, onde o corpo e a mente se tornam um. Era o Gólgota, o “lugar da
caveira”, o crânio humano onde o drama da crucificação acontece.
Na visão,
Elias entendeu que a crucificação não era um evento de sofrimento, mas de
transformação. Era o momento em que o ego, o “eu” limitado, é sacrificado para
que o Eu Superior possa nascer. Ele viu Jesus na cruz, mas o rosto de Jesus era
o seu próprio rosto. A cruz era o cruzamento de energias, o equilíbrio entre o
horizontal (o mundo material) e o vertical (o mundo espiritual). Elias sentiu
dor, mas também êxtase, ao perceber que a crucificação era a ativação do seu
potencial divino.
A Caverna Sagrada
O Renascimento
Na mesma
visão, Elias desceu à caverna. Ele viu o osso sacro, na base de sua coluna, com
sua forma de caverna, o lugar onde a energia kundalini, a serpente adormecida,
repousa. Ele lembrou que Jesus ficou três dias na caverna antes de ressuscitar.
Três dias, três etapas: morte do ego, integração da sombra, renascimento da
luz. Elias entendeu que a caverna era o útero espiritual, o espaço onde a
transformação acontece.
Ele
meditou profundamente, visualizando a energia subindo de sua caverna sagrada,
serpenteando pelas 33 vértebras, ativando cada chakra, cada discípulo, até
chegar ao topo de sua cabeça, onde a coroa da consciência brilhou como mil
sóis. Ele sentiu a ressurreição, não como um evento histórico, mas como um
estado de ser. O Cristo não era um homem, mas uma frequência, um ponto de
ativação dentro dele. Elias tornou-se o Cristo, porque o Cristo sempre esteve
lá, esperando para ser despertado.
O Despertar
A Luz do Conhecimento
Quando
Elias abriu os olhos, o mundo parecia diferente. As montanhas ao redor de sua
vila brilhavam com uma luz sutil, como se refletissem a luz dentro dele. Ele
entendeu que a história de Jesus, e de todos os seres que nasceram, morreram e
renasceram, era um código universal. Era o mapa da ascensão, escondido no templo
do corpo humano. Cada um de nós, pensou Elias, é um Cristo em potencial, um
portador da luz, um canal de conhecimento.
Ele
começou a ensinar o que havia aprendido. Falou às pessoas sobre as 33
vértebras, os 12 discípulos, a cruz no tálamo, a caverna no sacro. Alguns
riram, outros ignoraram, mas alguns, com olhos brilhando, começaram a ouvir.
Eles também começaram a olhar para dentro, a explorar seus próprios templos, a
despertar suas próprias frequências.
E assim, Elias tornou-se um farol, não porque era especial, mas porque reconheceu que todos são. Ele entendeu que o Cristo não é um salvador externo, mas uma chama interna, uma verdade que pulsa em cada coração, em cada célula, em cada átomo. A história de Jesus, ele percebeu, não aconteceu apenas do lado de fora. Ela acontece, eternamente, dentro de nós.
Lembrando a todos que o caminho para a luz não está nos céus distantes, mas na caverna sagrada do próprio ser.
Com carinho CR
O Cristo está em você. Desperte!