Houve um tempo em que a vida cabia numa mesa!
Dê uma chance a você e à sua família...
Onde o pão era repartido junto com as histórias, e o olhar dizia mais que qualquer palavra.
Houve um tempo em que a calçada era sala de estar, as viagens eram de muitas famílias e a rua era um quintal de afetos.
Hoje, vivemos cercados de conexões, mas estamos mais distantes de nós mesmos.
E o que adoece não é só o corpo, é a alma faminta de presença.
Havia um tempo em que, no final da tarde, as famílias se reuniam sem pressa.
Pais, filhos, avós e tios sentavam-se à mesa, e ali se compartilhava mais do que comida, compartilhava-se vida. Cada palavra era um tijolo na construção de um vínculo, cada escuta era um afago invisível na alma.
Os vizinhos conversavam na calçada, as crianças brincavam até a noite chegar, e ninguém precisava de uma tela para se sentir conectado. As viagens à praia eram feitas em grupos de famílias, onde todos ajudavam, riam e cuidavam uns dos outros.
Nessa época, a saúde mental não ocupava as manchetes. Não porque não houvesse dor, mas porque havia pertencimento. A vida tinha ritmo humano, e o afeto era o primeiro remédio.
Hoje, apesar de estarmos “conectados” o tempo todo, vivemos desconectados de nós mesmos e de quem está ao lado. A mesa existe, mas muitas vezes está silenciosa, interrompida pelo brilho dos celulares. As conversas são curtas, os vínculos, frágeis, e o tempo, sempre insuficiente.
O cérebro humano, que evoluiu para buscar segurança e sentido no contato verdadeiro, se perde em estímulos rápidos e superficiais. O corpo está presente, mas a alma parece vagar.
O grande mal do século não é apenas a depressão, a ansiedade ou o estresse. É a perda do encontro.
E talvez a cura não esteja em algo novo, mas no resgate do que parecia simples demais para ser valioso: sentar juntos, ouvir com atenção, repartir o pão e o silêncio, olhar nos olhos e lembrar que pertencemos uns aos outros.
É presença. É vínculo. É humanidade.
Com carinho CR.