As Dores que Não Sangram ...
O Tribunal do Coração, Altar da Alma ...
Queridas almas amigas, existem dores invisíveis, que não deixam marcas no corpo, mas pesam como pedras dentro do peito. São dores silenciosas, que se escondem no íntimo da consciência e se alimentam de perguntas sem resposta.
Quantas vezes não carregamos culpas que nunca foram nossas?
Palavras mal entendidas, silêncios interpretados como frieza, responsabilidades que nos impuseram sem que tivéssemos escolha, e, então, o coração se transforma em tribunal. Somos, ao mesmo tempo, réus e juízes de nós mesmos.
Jesus nos ensinou que a verdade liberta. E essa verdade começa quando diferenciamos arrependimento de condenação.
O arrependimento é caminho, ele cura, reconstrói, nos aproxima de Deus.
Já a culpa injusta é sombra: rouba o brilho da alma e sufoca a esperança.
A neuropsicanálise nos mostra que a mente aprende padrões. Se crescemos acreditando que tudo era nossa responsabilidade, repetimos esse ciclo sem perceber.
Até que, com luz do conhecimento, rompemos o hábito de nos culpar pelo que não nos pertence.
Libertar-se começa pelo entendimento. Não apenas do que aconteceu, mas de como aconteceu.
Cada gesto, cada escolha, nasce de uma história, de uma fragilidade, de um momento específico da vida. Quando enxergamos isso, o perdão deixa de ser esforço e se torna consequência natural.
Perdoar não é fingir que nada ocorreu.
Não é esquecer ou concordar com o erro.
É reconhecer que o outro só podia oferecer aquilo que tinha, que sua ação refletia seus limites e não nosso valor.
E nesse instante, o perdão se transforma em luz. Para a alma o perdão é libertação.
Para o cérebro, é reprogramação, cria novos caminhos, onde a lembrança deixa de ferir e passa a ensinar.
O perdão verdadeiro não nasce da imposição, mas da compreensão.
Ele não é peso, é clareza. É como a palavra de Cristo: quando a luz chega, as trevas simplesmente se desfazem.
Perdoar é isso: abrir espaço para a vida fluir de novo. Libertamos o outro, mas, acima de tudo, libertamos a nós mesmos, e o verdadeiro pedão você alma amiga deve a si mesma !!!
Com carinho CR.