O meu reino !!!
Um Coração Agradecido
Era uma vez, num reino que não se encontrava em mapas, mas sim no interior de cada alma amiga do bem, uma pequena aldeia chamada Gratidão. Nessa aldeia, o sol nascia com um brilho especial, pois cada raio era tecido com fios de reconhecimento e amor. Ali, vivia uma alma chamada 'Clara', uma mulher de olhos serenos e coração desperto, que aprendera a ver as bênçãos da vida mesmo nos detalhes mais simples.
Todas as manhãs, Clara acordava com um sorriso. Antes mesmo de abrir os olhos, ela agradecia pelo ar que entrava em seus pulmões, esse presente invisível, constante, que sustentava sua existência. “Obrigada, sopro divino”, murmurava, como quem saúda um velho amigo. Ela sabia que respirar era mais do que um ato automático: era um lembrete de que estava viva, de que Deus Criador soprava vida em cada célula sua.
Clara morava numa casinha simples, com janelas que deixavam o sol entrar e paredes que guardavam memórias. Em noites frias, ela se aninhava em sua cama quentinha, sentindo o cobertor como um abraço do céu. O teto sobre sua cabeça era mais do que madeira e telha, era símbolo de proteção, de cuidado, de lar. E cada vez que cruzava a porta de casa, sentia-se acolhida pelo amor que ali habitava.
Durante o dia, Clara dedicava-se ao ofício de ouvir. Era uma cuidadora de almas, uma tecelã de escutas, uma psicanalista que ajudava outros a se reencontrarem consigo mesmos. Ela via no trabalho não apenas um meio de sustento, mas um chamado sagrado. “A alegria de servir é a mais pura forma de oração”, dizia. E mesmo nos dias difíceis, ela agradecia por ter um propósito, por poder transformar dor em compreensão.
Mas Clara sabia que nem todos tinham as mesmas bênçãos. Muitos irmãos caminhavam pelas estradas da vida sem teto, sem pão, sem consolo. Ela jamais os esquecia. Em suas orações, pedia força para ajudá-los, e em seus atos, estendia a mão. “Não é sorte, é escolha”, refletia. “Escolha de amar, de partilhar, de reconhecer que Deus Ressuscitado vive em cada gesto de compaixão.”
Para Clara, a ressurreição não era apenas um evento sagrado do passado. Era um processo diário, íntimo, silencioso. Era o renascer de si mesma a cada manhã. Era o florescer da alma que, ao se conhecer, se cura. Era o momento em que, diante do espelho da consciência, ela podia dizer com verdade: “Eu sou a minha melhor companhia.”
O Final Que É Sempre Um Começo!!!
E assim, Clara viveu, não como uma personagem de contos épicos, mas como guardiã das pequenas maravilhas. Sua história não teve um fim, pois cada dia era um novo capítulo de gratidão, de entrega, de ressurreição interior. E quem cruzava seu caminho, levava consigo uma centelha dessa luz.
Porque no reino da alma, onde Deus habita em silêncio e amor, a verdadeira ressurreição é reconhecer que somos obra viva da Criação, e que viver com gratidão é o mais belo conto de fadas que podemos escrever.
Com Carinho CR.