Pérolas do dia...

Onde o Amor Mora, a Liberdade Habita


Há no mistério da alma humana um paradoxo silencioso: o ódio, com todo o seu peso, une.
Mas não une como abraço. Une como corrente.
Ele amarra corações no mesmo cárcere de mágoas, rancores e palavras não ditas.
É uma cela sem janelas, onde dois prisioneiros compartilham a mesma escuridão.
Já o amor…
Ah, o amor é o oposto mais suave e mais valente.
O amor é como uma janela escancarada para o céu.
Ninguém é forçado a entrar, ninguém é forçado a ficar.
Ele é convite, nunca imposição.
E, justamente por isso, ele é sagrado.
Quando se ama de verdade, não se implora presença.
Ama-se em liberdade.
Ama-se com leveza, com espaço, com silêncio quando necessário e com palavras quando elas florescem.
Quem ama, oferece descanso.
Quem é amado, escolhe permanecer.
Não porque precisa, mas porque quer.
Porque encontrou no outro não uma prisão, mas um lugar onde o coração respira em paz.
O ódio vive de vigília constante, como quem teme o abandono.
Já o amor repousa na confiança.
No amor, há lugar para o vento entrar pela janela, para o tempo correr devagar, para a alma ser o que é, sem máscaras, sem pressa.
Amar é ter coragem.
Coragem de abrir a porta…
E de aceitar que, se alguém sair, é porque não era o tempo de ficar.
Mas se ficar, se ficar por escolha, por encanto, por encontro,
É porque ali se fez morada,
Ali se construiu afeto,
Ali se plantou o que só floresce no solo da liberdade: o amor verdadeiro.

Com carinho CR.

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