O Saber que Liberta e o Saber que Aprisiona ...
O Perigo da Certeza e a Sabedoria da Humildade...
Queridas
Almas Amigas, Sócrates dizia que a verdadeira sabedoria começa no
reconhecimento da própria ignorância: “Só sei que nada sei.”
Essa
frase não é uma negação do conhecimento, mas um alerta contra a ilusão de já
sabermos o suficiente. O perigo maior, não está apenas na ignorância em si, mas
na presunção de conhecimento, quando alguém acredita já possuir a verdade, fecha-se
para aprender, refletir e se transformar.
Jesus
também advertia sobre isso, quando falava dos fariseus que “tendo olhos, não veem; e tendo
ouvidos, não ouvem”.
Cristo,
em sua missão, também alertava para os que, presos à rigidez de suas próprias
certezas, não conseguiam enxergar a luz, a ilusão do saber sufoca a alma,
enquanto a humildade abre espaço para que a graça se manifeste.
A
falsa certeza endurece o coração e cega o espírito. Nesse sentido, tanto
Sócrates quanto Jesus apontam para a humildade como o caminho da verdadeira
sabedoria:
reconhecer
limites, abrir-se ao aprendizado, aceitar que a luz da verdade não cabe em
certezas rígidas.
Hoje,
talvez mais do que nunca, o maior risco não esteja na ignorância pura, mas
naquilo que acreditamos conhecer. O homem que julga já possuir a verdade não se
abre para o aprendizado, para a escuta nem para a transformação. A falsa
certeza gera arrogância, e a arrogância fecha todas as portas do espírito.
Assim,
a verdadeira sabedoria não está na posse da verdade, mas no movimento de
buscá-la com humildade, no ato de reconhecer nossos limites, no exercício de
manter o coração aberto, mas, a falsa certeza gera medo e intolerância; a
consciência da própria ignorância, ao contrário, gera esperança e abertura. A
sabedoria não nasce da arrogância de quem diz “eu sei”, mas da coragem de quem confessa “ainda tenho o que aprender”.