Jovens sem bússola: o caminho de volta à luz ...

Quando o brilho das telas apaga o brilho do espírito!


Vivemos um tempo em que muitos jovens parecem caminhar sem direção. O brilho das telas substituiu o brilho do olhar; a pressa em “ser alguém” substituiu o silêncio necessário para ser em Deus. É uma geração que busca intensidade, mas muitas vezes encontra apenas vazio. Fala-se de liberdade, mas vive-se aprisionada às comparações, às aparências e às ilusões que o mundo moderno vende como felicidade.


Jesus, há mais de dois mil anos, já conhecia a alma humana. Ele sabia que o maior deserto não está do lado de fora , está dentro. Por isso, dizia com ternura e firmeza:

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.” (Mateus 11:28)

Essa é uma mensagem viva, especialmente para os jovens de hoje. Não é um convite religioso, mas um chamado existencial: o convite para voltar a si mesmo, para reencontrar a centelha divina que habita dentro de cada ser humano. Quando Jesus falava do Reino de Deus, Ele falava do Reino interior, aquele espaço onde a alma descansa na verdade, na bondade e na simplicidade.

Mas o que tem acontecido com nossos jovens? A cultura da pressa transformou o amor em distração. A falta de limites se disfarça de liberdade, e a humildade, que sempre foi a base da sabedoria, parece ter se tornado um sinal de fraqueza. Vivemos um paradoxo: quanto mais acesso à informação, menos clareza de propósito. Quanto mais comunicação, mais solidão. Quanto mais "likes", menos amor.

O problema não é tecnológico, é espiritual. O que falta não é entretenimento, mas encantamento pela vida. Falta o silêncio que desperta a consciência; falta o perdão que cura as feridas invisíveis; falta o olhar para o alto, aquele que nos lembra que há algo maior sustentando tudo. Jesus não nos ensinou a fugir do mundo, mas a transformar o mundo a partir de dentro.

Ser jovem hoje é um ato de coragem. É preciso coragem para não se deixar moldar pela superficialidade. Coragem para dizer “não” quando tudo empurra para o “sim” vazio. Coragem para ser verdadeiro, mesmo que isso custe o aplauso dos outros. Coragem para amar sem medo, e para reconhecer que o amor, antes de ser um sentimento, é uma escolha espiritual.

As boas maneiras, a empatia, a generosidade e a fé não são virtudes antiquadas: são as raízes da alma humana. Sem elas, o homem se perde de si mesmo. Jesus, com sua simplicidade divina, mostrou que as virtudes não são regras, são caminhos para reencontrar a paz interior. Quando Ele lavou os pés dos discípulos, mostrou que servir é mais grandioso do que dominar. Quando perdoou os que o feriam, mostrou que o perdão liberta mais quem perdoa do que quem é perdoado. E quando disse “amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”, revelou o segredo mais profundo da evolução espiritual: a consciência do amor é o verdadeiro sentido da vida.

É tempo de voltar a esse amor. De reaprender a ouvir o coração. De ensinar nossos jovens que a alma não se alimenta de curtidas, mas de verdade, presença e propósito. De lembrar que a fé não é alienação, mas consciência desperta. E que o caminho de Jesus, longe de ser um peso, é o mapa que conduz à liberdade interior.

O mundo não precisa de jovens perfeitos. Precisa de jovens despertos. De almas que voltem a crer na beleza, na bondade e na esperança. Pois quem reencontra o norte espiritual não apenas se salva, ilumina o caminho dos outros.

“Quando o jovem descobre o amor divino dentro de si, o mundo deixa de ser um lugar perdido, e passa a ser um campo fértil onde o bem pode florescer.”

Com carinho CR.
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